Quando Ana Maria Xavier quis fazer montanhismo, em 1998, não sabia que existiam clubes para esta finalidade. Era tão importante para ela ir ao encontro da floresta que pagava excursões promovidas por guias profissionais. O primeiro contato com o CEB não foi muito animador: ela estava muito a fim de fazer a travessia Petrô – Terê, mas o guia Mauro Maciel não aceitou a sua participação. “Fiquei decepcionada com o guia, conta Ana, mas, depois que fiz a travessia em outra oportunidade, acabei entendendo os razões do Mauro”. Ana, que também faz pedal, procurou o montanhismo para desenvolver mais uma atividade ao ar livre. Para ela, esta foi uma das melhores descobertas de sua vida. “Mudei meu estilo de vida”, explica a guia de escalada e caminhada, formada pelo CEB em 2006, “passei a não ter frescura, me tornei uma pessoa mais simples”. O montanhismo também acalmou um pouco a sua agitação e combateu a ansiedade. Não pensava em ser guia, mas a participação intensa no clube e nas caminhadas (“fiquei deslumbrada e estava em todas as excursões e escaladas”) levou a direção do CEB a fazer o convite para o curso de guia, que terminou em julho de 2006. Quanta à escalada, Ana Maria lembra que era um sonho antigo. Aos 18 anos queria praticar este esporte, mas sua mãe a proibia por medo de que acontecesse algum acidente. “Quando cheguei ao CEB já me achava velha para escalar, mas aí a minha cabeça mudou e vi que a idade não é um impedimento para escalar”. Ser guia, para ela, é um prazer: proporciona coisas boas para as pessoas. Em seus sonhos e projetos não estão incluídas altas montanhas: “tem muita montanha aqui para a gente subir”. Mas ela um dia quer fazer o circuito W em Torres Del Paine, na Patagônia. “Preciso conseguir tirar férias no verão para fazer essa viagem”, lamenta Ana.
Ana Maria é contadora.
Jan/2012