FERNANDO TOLEDO FERRAZ

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

Uma das melhores coisas para o guia Fernando Ferraz é “reunir um grupo de amigos para fazer música; se for na montanha, então, é perfeito”. Ele toca pandeiro e teve uma breve passagem na Escola de Música Villa Lobos. Engenheiro de profissão e professor universitário (de vez em quando também coloca seus alunos para fazer trilha), Fernando conta que as montanhas sempre fizeram parte de sua vida, no interior de Minas Gerais. Era muito comum, naquele tempo, sair para fazer trilha, tomar banho de cachoeira e “escalar” barrancos de estradas de terra.

“Muitas vezes nossos programas eram acampamentos em sítios e fazendas de amigos, geralmente perto de uma bonita pedra (ou montanha) ou de rios e cachoeiras. Mais tarde, no Rio, comecei a frequentar a Floresta da Tijuca, inspirado por um professor”. Depois, Fernando também passou a levar seus alunos para fazerem o Pico da Tijuca e o Bico do Papagaio. A escalada em rocha foi uma descoberta diferente que, segundo ele, mudou sua vida para melhor. Daí, foi um passo para ingressar no CEB. “Conheci pessoas ótimas aqui, comecei a guiar com estes amigos, que acabaram se formando guias também: Alexandre Diniz, Henrique Prado e Larissa Cunha, só para citar alguns que estavam iniciando na mesma época. Claro que aproveitei muito a experiência, paciência e boa vontade de guias já estabelecidos naquela época: Jorge Campos, Antônio Carlos “Wally” Borja, Zozimar “Menudo” e o lendário José Maria”.

Seu maior sonho já realizado foi o Dedo de Deus. Sempre que passava por Teresópolis olhava para a montanha e pensava: “Será que é possível chegar lá em cima?”. Sua primeira vez no Dedo foi emocionante, conta Fernando, que também relembra sua ida ao Tour du Mont Blanc e ao cume do Mont Blanc – “dois outros grandes sonhos realizados”. O Mont Blanc foi sua primeira montanha com gelo e neve – “uma experiência que abriu minha perspectiva para algo que não pensava anteriormente”, afirma. Para se sentir realizado quer fazer mais, faltam ainda cumes no Aconcagua, no Matterhom e no Eiger, no exterior; no Brasil, “a TransMantiqueira, que é uma caminhada que pode durar quase 2 semanas, passando por lugares lindos na Mantiqueira. Tem uma escalada clássica e de orientação muito difícil, que é a Longitudinal das Agulhas Negras. Caramba, poderia ficar falando horas sobre sonhos de montanhas. Mas o mais importante é estar nas montanhas”.

mai/2012

Verifique também

CEB e Covid-19

Na quarta-feira, 19 de agosto, tivemos uma reunião da Diretoria com o corpo de Guias …